sábado, 23 de julho de 2011

Agridoce


Como o vento
Você escapa das minhas mãos...
Utopia.

Cheio do vazio,
Olho para frente
Sigo sem destino.

E como o vento,
Você se faz presente
E se dispersa.
Hipnótico...

Antes fosse sonho,
Acordar seria o bastante.
Ilusão agridoce.

Saboreio,
Engulo a fala
Com um nó na garganta.

Tento te segurar...
Mas como o vento
Você escapa das minhas mãos
E se dispersa.

Utopia hipnótica...


*BRUNO* -To Whom it may Concern

domingo, 17 de julho de 2011

Ares


Você vive preso
a um ideal de liberdade
como é ser um paradoxo?

Você tenta ferir a todos
com seu ódio ancestral

"Mate o que for diferente
destrua o que não for normal"...

Repetir os erros do passado
não é uma evolução.

Não é fácil viver nesse mundo!

Guerrear por paz.
Matar para sobreviver.

O céu está cinza
e a terra vermelha.

Estamos imersos em caos...
Na superfície a liberdade flutua.

Você está abaixo do deus da guerra...
Será morto como um peão,
como é ser um fantoche?

Você vive preso
a um ideal de liberdade,
está acorrentado
ao desejo de seu mestre

Repetir os erros do passado
não é uma evolução.
Você se tornou
uma maquina de destruição...
Um fantoche sem coração.


Nota: Ares é o Deus grego da guerra.

*BRUNO* -To Whom it may Concern

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Maré


Então quis acabar com a dor...
Lançou seu corpo contra as rochas.

Caixa torácica aberta,
vísceras expostas,
liquido vermelho,
mancha as ondas.

Então fechou os olhos,
um segundo antes da queda,
fez sua reza
tirou os pés do chão.

Lançou seu corpo,
abriu os braços.
Tentou gritar,
tentou voltar...

Já era tarde.

Abriu os olhos,
no quarto escuro
se viu sozinho.

Pela janela aberta,
ouviu o mar chamar

Então quis acabar com a dor...

Fechou os olhos,
lançou seu corpo...
Abriu os braços,
tentou gritar.
E em um segundo
foi engolido pelo mar.


*BRUNO* -To Whom it may Concern

domingo, 3 de julho de 2011

Valquíria (Casa Vermelha)


A luz vermelha brilha...
é um convite
para o pecado.

Ah doce prostituta...
esconde seus sonhos
entre as pernas.

Alugando corpos...
Possuindo almas...
A esperança enche
o copo do lado da cama.

Ah! Doce Valquíria
afogou o passado
num copo de gim.

Noite após noite.
Uma coleção de corpos,
uma coleção de cortes
em seu coração.

Mais um gole de coragem
com o gosto de lagrimas.

Ah doce Valquíria
enterrou o futuro
debaixo da cama.

*BRUNO* -To Whom it may Concern

Infectado



Essas palavras ecoam
e se espalham
como o vento que me trouxe
o cheiro da ultima estação.

Não faz sentido gritar,
me ajoelhar, me ferir...

A luz corta a escuridão
e por um momento
não há dor

Infectado pela tristeza...

Não faz sentido gritar,
me ajoelhar, me ferir.
A dor pulsa, queima...

Rastejando para a luz.
Sujo, despido, em pedaços.

Não faz sentido me culpar,
gritar, me ferir.

Talvez o céu azul
traga a esperança.


*BRUNO* -To Whom it may Concern